Os animais deverão ser doados ao Esquadrão de Polícia Montada da PMSE após sequestro judicial.
A Polícia Civil de São Paulo apreendeu dois cavalos de alto valor pertencentes ao ex-deputado federal e ex-presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas), Valdevan Noventa, em Sorocaba (SP). A segunda fase da Operação Chapelier foi deflagrada nesta quinta-feira (20).
Segundo o delegado Roberto Monteiro, a ação apreendeu um total de 43 cavalos, sendo um deles com valor estimado em R$ 1 milhão. A suspeita é que eles foram comprados com dinheiro lavado pela organização criminosa. Em Sergipe, os animais apreendidos estão sob a custódia da Cavalaria da Polícia Militar do estado.
“Estamos pedindo à Justiça de SP que dê perdimento definitivo desses animais para que possam incorporar o patrimônio da Polícia Militar de Sergipe”, disse.
Organização criminosa
A Operação Chapelier apura um esquema criminoso envolvendo desvio de recursos no Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas), quando Valdevan Noventa exercia a presidência. Na época, Valdevan Noventa teria retornado ao estado utilizando recursos públicos desviados para campanha eleitoral, sendo cassado pela Justiça Eleitoral.
“O grupo criminoso indicava fornecedores para as empresas de ônibus, como fornecedores de planos de saúde, odontológicos, cestas básicas. Essas empresas indicadas passavam propinas para a diretoria do sindicato, para a organização criminosa. E as empresas de ônibus eram obrigadas a atender o grupo, sob pena de terem as garagens paralisadas por piquetes e greves”, explicou o delegado Roberto Monteiro.
Ainda de acordo com ele, o esquema afetava os cofres públicos e a população, uma vez que a prefeitura da capital paulista fornece subsídio ao transporte coletivo feito pelos ônibus.
“Temos um relatório da Receita Federal que tem provas fortes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens por essa organização criminosa que tomou o SindMotoristas. Os recursos ilícitos beiram a casa dos R$ 100 milhões anuais”, pontuou. Por Carolina de Moraes portal A8SE
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