Doação de órgãos de criança sergipana salva vidas em quatro estados brasileiros

Um gesto de amor e solidariedade protagonizado por uma família sergipana ajudou a transformar a dor da perda em esperança para pacientes em diferentes regiões do país. A doação de órgãos de uma criança de 12 anos, realizada no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES), beneficiou pacientes que aguardavam por um transplante em Sergipe, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul.

O paciente, identificado como L.G. dos S.G., deu entrada no Huse no último dia 29 de março, na Ala Vermelha, com histórico de parada cardiorrespiratória. Infelizmente, o quadro evoluiu para morte encefálica. Após a confirmação do diagnóstico e a conclusão dos protocolos médicos, a família autorizou a doação dos órgãos.

A captação ocorreu no dia seguinte, 10 de abril. O fígado foi destinado para um paciente no Distrito Federal; o rim direito, para São Paulo; o rim esquerdo, para o Rio Grande do Sul; e as córneas permaneceram em Sergipe, devolvendo a esperança a um paciente local.

De acordo com o coordenador da Central de Transplantes de Sergipe, Benito Fernandez, a atitude da família é um exemplo claro do poder da solidariedade. “A mãe acompanhou de perto todo o processo e pediu que também conversássemos com o pai, uma exigência legal em casos que envolvem menores de idade. Apesar de a parada cardiorrespiratória ter inviabilizado a doação do coração, conseguimos viabilizar o fígado, os rins e as córneas. Com esse gesto, essa criança se tornou uma semente do bem que, agora, floresce em outras vidas”, destacou.

A ação contou com o trabalho fundamental da Organização de Procura de Órgãos (OPO), sediada no Huse. A coordenadora da OPO, Darcyana Lisboa, ressaltou a importância do acolhimento familiar durante todo o processo. “Acompanhamos pacientes em toda a rede pública e privada do estado. Quando há suspeita de morte encefálica, iniciamos imediatamente o protocolo e o suporte à família. Neste caso, destacamos a importância de ressignificar a dor da perda e transformá-la em esperança. Graças à compreensão e generosidade desses pais, cinco pessoas tiveram suas vidas transformadas”, frisou.

O Brasil é referência mundial em transplantes de órgãos, sendo o Sistema Único de Saúde (SUS) responsável por mais de 90% dos procedimentos realizados em território nacional. Em Sergipe, esse trabalho avança por meio da integração entre a Central de Transplantes, o Banco de Olhos, a OPO e as unidades hospitalares, com o apoio da imprensa e ações de conscientização desenvolvidas em escolas, unidades de saúde e outros espaços da sociedade.

Darcyana Lisboa reforça a importância do diálogo familiar sobre o tema. “É fundamental que as famílias conversem sobre a doação de órgãos. Só há transplante se houver doação. A doação é um ato de amor que salva vidas e transforma realidades. Que esse caso inspire outras famílias a também dizerem sim à vida”, concluiu.

Por:Lagartoregiao.com.br com informações da SES

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