Saúde estadual registra aumento de doação de órgãos em Sergipe

Com atuação significativa em toda a rede hospitalar estadual, a Organização de Procura de Órgãos (OPO) tem desenvolvido um trabalho contínuo de acolhimento familiar, de acompanhamento de casos notificados, além da conscientização da população sobre a importância de ser um doador para salvar vidas. Prova disso tem sido o crescente número de aceite familiar, assim como de doação de órgãos. Segundo o último levantamento do número de doadores de órgãos, divulgado pela OPO, nos primeiros meses do ano, até o último dia 3 de julho, foram registradas 28 doações, um aumento de mais de 20% em 2025, se comparado com o mesmo período do ano passado, sendo três doadores de coração. 

Para a coordenadora da OPO, Darcyana Lisboa, o trabalho é resultado de uma atuação conjunta de várias equipes para um bem comum: o de salvar vidas. “Foi um balanço bastante positivo e de muitas mãos. Tanto da equipe da OPO, com a questão do acolhimento familiar, onde, mesmo antes de abrir o protocolo, já conversamos sobre a gravidade do paciente, melhorando o aceite e o entendimento das famílias sobre o processo da morte encefálica, quanto da importância da notificação conversando com as equipes”, enfatizou.     

A coordenadora acrescenta, ainda, que o envolvimento das equipes das unidades hospitalares, sejam elas públicas ou privadas, também é essencial. “Uma vez que recebemos mais notificação de provável morte encefálica, maior pode ser o número de doadores. Isso também demonstra os cuidados com o paciente para que esses órgãos estejam viáveis, beneficiando quem recebe e, para a família do ente querido, traduz essa dor em esperança para outras pessoas”, apontou. 

A celeridade no fechamento do protocolo de morte encefálica também tem sido um diferencial. “Ampliamos a nossa equipe e, com isso, já estamos conseguindo fechar o protocolo dentro de 24 horas. Com essa otimização e o aceite familiar, otimizamos a viabilidade dos órgãos e a elegibilidade para doação. No Huse, por exemplo, atrelado a isso, temos o envolvimento das Alas críticas e das equipes de Neurocirurgia e Neurologia clínica no acompanhamento e exames para fechamento do protocolo”, salientou.  

O ‘sim’ que salva vidas

Os órgãos doados são destinados aos pacientes compatíveis que estão na lista única da Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado. Todo o processo é rigorosamente regulado pelo Sistema Nacional de Transplantes e supervisionado pelo Ministério Público. “Vivenciamos, diariamente, o quanto representa o aceite familiar e a doação de órgãos. Tem casos que nos emocionam bastante e tivemos duas doações de coração bem próximas. Em uma delas, um paciente que aguardava na fila já não respondia mais ao tratamento e pela equipe médica, ele não teria mais que 48 horas de vida. Tivemos o aceite aqui, disponibilizamos à Central  e agilizamos todo o processo. A equipe que realizou a extração, otimizou o transplante para este paciente. Isso é muito gratificante. A família ressignificou a perda e, neste dia, ajudamos a salvar a vida de seis pessoas”, comentou Darcyana Lisboa.  

Seja um doador

Para que o paciente seja doador, basta manifestar o desejo à família, pois a doação de órgãos e tecidos só acontece após a autorização familiar documentada. O protocolo para a doação de órgãos é iniciado com a identificação de pacientes neurocríticos, que estejam em Glasgow 03 (escala de coma), indicando uma provável morte encefálica. Esses pacientes são acompanhados pela OPO e, quando constatada a morte encefálica, o protocolo de doação é iniciado, sempre respeitando a decisão dos familiares.  

A Organização de Procura de Órgãos estadual fica localizada no Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), próxima ao Setor de Oncologia da unidade.

Fonte: Governo de Sergipe

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