O Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) realizou com sucesso o segundo reimplante de membro. Dessa vez, o braço do paciente Natanael Barreto, 18 anos, que sofreu acidente grave que resultou na amputação abaixo do cotovelo. Após perícia e dedicação da equipe médica do Huse, o braço foi salvo e reimplantado com sucesso.
O paciente conta que estava apoiado no trator, segurando um cabo de aço. Ao sentir cansaço na mão, transferiu o cabo para o antebraço. Nesse instante, o trator oscilou, o cabo enrolou no pneu e resultou na amputação. “Imediatamente, pedi a um colega que amarrasse um tecido para estancar o sangramento. Ele me transportou ao hospital de Carira. Ao chegarmos lá, as médicas entraram em contato com o Huse para consultar sobre o procedimento adequado. Enquanto isso, conservamos o braço em gelo e acionamos o Samu para transferência e deu tudo certo aqui no Huse”, contou Natanael.
Esse foi o segundo caso bem-sucedido de reimplante de membro no Huse em menos de um mês. O primeiro, realizado em abril, foi um reimplante da mão. O desafio dessa vez foi ainda maior, devido à complexidade de reimplantar o braço quase inteiro, o que exigiu uma abordagem meticulosa e inovadora.
“Após o reimplante da mão de um paciente da Bahia, enfrentamos um novo desafio. A lesão não era ideal, pois não era cortante, mas nossa equipe se empenhou no reimplante. Felizmente, o paciente está se recuperando bem, com o membro preservado”, afirmou o médico responsável pelo procedimento, Alex Franco.
O sucesso desses procedimentos coloca o Huse na vanguarda da medicina de emergência, demonstrando não apenas a habilidade e o conhecimento dos profissionais envolvidos, mas também a importância do investimento contínuo em equipamentos e treinamento de ponta.
A recuperação do paciente está em andamento, e a equipe médica permanece otimista quanto ao retorno da funcionalidade do membro. Este evento marca um momento significativo para o hospital e para a comunidade médica de Sergipe, reforçando o compromisso do Estado com a saúde e o bem-estar de seus cidadãos.
Apesar da complexidade do caso, o médico está otimista. Serão realizados enxertos nas próximas semanas devido à perda e necrose da musculatura. Transplantes musculares estão planejados, utilizando músculos da coxa para restaurar os movimentos, permitindo ao paciente abrir e fechar a mão. “Também faremos enxertos de nervos para melhorar a sensibilidade. Temos um longo caminho pela frente”, explicou Alex Franco.
Outro procedimento
Outra ação de destaque realizada este mês pela equipe de cirurgiões ortopédicos foi a realização da primeira artroplastia não convencional de fêmur total, que consiste na implantação de uma endoprótese que vai do quadril ao joelho. A cirurgia foi realizada em um paciente que sofreu um acidente de trânsito grave há mais de 20 anos e utilizava uma prótese apenas numa parte do fêmur. Após várias revisões, o paciente chegou ao Huse, onde foi identificada a necessidade de implantar uma endoprótese.
“A endoprótese é quando você não tem mais a articulação e a diáfise. Então, a gente fez um procedimento completo de fêmur total com o quadril e o joelho. Retiramos o acetábulo, que é a articulação do quadril, joelho total e a porção proximal da tíbia, bem como a porção distal do fêmur e toda diáfise”, disse o ortopedista que liderou a equipe, Hildebrando Lubambo, especialista em Oncologia Ortopédica.
Fonte:SES
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