Técnica em enfermagem é indiciada por ocultação de cadáver e maus-tratos contra a filha

O corpo foi encontrado em uma mala no bairro Suíssa, situado na Zona Sul de Aracaju.

Foto:SSP/SE

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) anunciou que enviou o inquérito policial relacionado à morte de Celso Portella para o sistema judicial. No desfecho das investigações, a suspeita foi formalmente indiciada por ocultação de cadáver e por cometer maus-tratos contra uma pessoa menor de 14 anos. A pessoa investigada por esses delitos encontra-se atualmente sob cuidados médicos no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP). A divulgação desses detalhes ocorreu no dia 3 desta semana.

Segundo o delegado Tarcísio Tenório, o resumo das averiguações foi entregue tanto ao Poder Judiciário quanto ao Ministério Público. Ele afirmou: “No resumo das investigações, confirmamos o indiciamento da pessoa investigada por ocultação de cadáver e por maltratar uma criança com menos de 14 anos. Com base em todas as evidências reunidas ao longo da investigação, havia provas substanciais que justificavam esse indiciamento”.

O delegado Tarcísio Tenório encaminhou o relatório de investigação ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, confirmando o indiciamento da investigada por ocultação de cadáver e maus-tratos a menor de 14 anos, fundamentado nos indícios já presentes nos autos.

Segundo Tarcísio Tenório, ainda estão em andamento exames periciais realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF). Além disso, existem laudos em espera, incluindo o do local da morte, que está sob responsabilidade do Instituto de Criminalística (IC). Quando todos esses elementos estiverem disponíveis, serão encaminhados à Justiça para que o Ministério Público possa formar sua própria perspectiva.

Tarcísio Tenório destacou que a Polícia Civil estava operando sob um prazo definido para concluir as investigações. Ele observou: “Considerando que a pessoa sob investigação e acusação está atualmente sob internação provisória por ordem judicial, antes de finalizarmos o envio do relatório de investigação, a interrogamos novamente.

Durante o interrogatório, ela reafirmou sua versão original, mas também forneceu esclarecimentos sobre as circunstâncias em que encontrou o corpo.”

Segundo o depoimento do delegado, a investigada reafirmou que não praticou qualquer ação que resultasse na morte da vítima. “Ela negou ter cometido qualquer ato criminoso que levasse à morte de seu companheiro. No entanto, ela continuou a admitir que apenas escondeu o cadáver devido ao receio de ser responsabilizada. Agora, estamos aguardando a conclusão dos trabalhos periciais, mas o inquérito já foi encaminhado”, explicou Tarcísio Tenório.

O delegado também enfatizou que, durante o processo de investigação, entrevistou várias pessoas, incluindo familiares da vítima e indivíduos que faziam parte do círculo familiar da vítima e da suspeita. Esses depoimentos forneceram as informações utilizadas nas conclusões do inquérito, que servirão como suporte na análise pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário.

Tarcísio Tenório concluiu afirmando que, apesar das avaliações sobre a saúde mental da investigada, o inquérito foi enviado para a Justiça. Em relação à criança, ela está sob os cuidados da família, com o Conselho Tutelar acompanhando a situação e tomando todas as medidas necessárias para protegê-la. Ele destacou que estão prontos para colaborar com a Justiça e o Ministério Público.

Por:Lagartoregiao.com.br

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