Autoridades russas relataram ataques mortais em pelo menos quatro locais na região de Belgorod. Unidades russas, alinhadas com a Ucrânia, estão intensificando suas incursões, levando a guerra ao território russo.
Segundo o governado regional de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, pelo menos sete pessoas foram mortas por bombardeios nas regiões fronteiriças russas desde sexta-feira (2).
Dois homens e uma mulher foram mortos em uma barragem de 18 foguetes disparados contra a vila de Sobolevka, disse Gladkov em uma série de postagens em seu canal no Telegram. Um gasoduto e uma linha de energia também foram danificados no ataque.
Sobolevka, que está localizado no distrito da cidade de Valuisky, é o local mais oriental atingido nas últimas duas semanas.
Uma linha férrea atravessa a vila e entra na Ucrânia no território ocupado pela Rússia ao sul do ataque, sugerindo que pode ter como alvo as linhas de abastecimento da Rússia.
A noroeste, ao longo da fronteira da Rússia com a Ucrânia, duas mulheres foram mortas no vilarejo de Maslova Pristan quando seu carro foi atingido por um incêndio, disse Gladkov.
Duas outras mulheres foram mortas em bombardeios separados em aldeias próximas.
Combatentes russos anti-Kremlin
Duas unidades responsáveis por ataques recentes nas regiões fronteiriças — Freedom for Russia Legion e Russian Volunteer Corps — são formadas por soldados russos que se opõem ao presidente Vladimir Putin.
Embora não façam oficialmente parte das Forças Armadas ucranianas, eles efetivamente estão sob o comando das forças de segurança da Ucrânia.
Mesmo os ataques transfronteiriços tenham um impacto militar, forçando a Rússia a considerar a redistribuição de recursos para proteger o que se mostrou serem fronteiras fracas, eles também parecem projetados para ter um impacto sobre o moral russo.
O porta-voz da Legião, Alexei Baranovksiy, apareceu na televisão ucraniana no sábado e foi questionado sobre os objetivos das incursões.
Não se tratava de tentar “morrer heroicamente”, disse ele.
“Esta é uma tarefa para distrair o exército russo de outras direções; é uma tarefa ganhar experiência de combate, mostrar à Rússia que a resistência (contra Putin) é possível e é necessário se juntar a ela”, disse Baranovskiy. Fonte:CNN Brasil
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